AgirAzul Revista 1992-1998

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Japão continua destruindo

José Truda Palazzo Jr., esteve no Japão em 2 de março a fim de participar da VIII Reunião da CITES ‑ Comissão para a Regulamentação do Comércio Internacional de Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção ‑ como membro da delegação oficial brasileira e fez, sobre o país sede do encontro, as seguintes observações importantes para todos os que desejam a salvação e recuperação da natureza destruída e ameaçada terem uma possibilidade de conhecer o primeiro país do primeiro mundo:

O Japão, país que continua sendo um insaciável sumidouro de espécies raras e ameaçadas ‑ como comprovaram visitas feitas a lojas de animais de estimação em Kyoto, que vendiam araras, papagaios, gaviões e macacos brasileiros mantidos em condições cruéis e anti‑higiênicas ‑ não retirou sua reserva formal à proibição do comércio internacional de tartarugas marinhas determinada pela CITES. Este país continua sendo, portanto, o maior responsável pela destruição, às dezenas de milhares, desses animais já ameaçados, em especial a tartaruga‑de‑pente Eretmochelys imbricata que os japoneses massacram para fazer “souveniers” de indizível mau gosto.

O Japão, aliás, parece ser um país onde a crueldade contra os animais e o descaso para com as espécies ameaçadas são toleradas como fossem normais. O Zoológico de Kyoto é um ultrajante depósito de animais, onde um elefante ficou 40 anos com as patas dianteiras presas em correntes ‑ só retiradas na véspera da reunião da CITES ‑ porque jogava areia nos visitantes ... Ali perto, uma colônia inteira de macacos apresentava sarna, com animais de todas as idades sofrendo de feridas horríveis, ante a indiferença absoluta dos visitantes e, aparentemente, do pessoal do zoo. Ursos balançavam‑se em comportamento de stress em jaulas revoltantes de tão minúsculas. Parecia um "mini‑zôo” do interior do Brasil, não algo que estivesse no país dito “desenvolvido”. (ACCC)






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