AgirAzul Revista 1992-1998

Todo o conteúdo editorial da publicação em papel

AgirAzul 4

Notas

Caça da Baleia: o massacre pode voltar

As entidades ambientalistas do mundo inteiro que lutaram contra a matança das baleias e conseguiram uma moratória de dez anos em todos os mares vão ter que voltar a agir. A próxima reunião da Comissão Internacional da Caça da Baleia, programada para maio de 1993, em Kyoto, no Japão – país que mais baleias matou neste século e que vem desrespeitando a moratória abertamente – corre o risco de reabrir oficialmente o massacre em todo o planeta.

O Japão está pressionando economicamente os países-membros da Comissão cujos governos são irresponsáveis ou sucumbem a pressões espúrias. Estão na lista dos “corruptíveis” o Chile, Peru, Venezuela, as ilhotas de 'St. Vincent, St. Lucia e Dominica, e... o BRASIL. Dependerá da mobilização dos ambientalistas brasileiros impedir que nosso governo se dobre e vote a favor da reabertura da matança das baleias.

Outro país baleeiro histórico, a Noruega, cuja primeira-ministra Gro Brundtlandt vive travestida de “verde” mas apóia a matança, está sofrendo boicote econômico dos Estados Unidos e poderá abandonar definitivamente a atividade se a Comissão Internacional não aprovar a volta “oficial” da caça à Baleia. (JTPJr).

EUA Combatem o Tráfico de Aves Silvestres

Após muitos anos de campanhas vigorosas de entidades norte-americanas, o Congresso dos Estados Unidos aprovou e o Presidente George Buch sancionou o Wild Brid Conservation Act - Lei de Proteção às Aves Selvagens – que proíbe a importação naquele país de aves capturadas na Natureza pertencentes a espécies ameaçadas de extinção ou mesmo pouco conhecidas. A medida beneficia principalmente o Brasil, que proíbe o comércio de sua fauna mas é vítima de intenso contrabando de aves para a Argentina, Bolívia, Paraguai, Suriname, Guianas e Guiana Francesa, que “re-exportam“ as aves brasileiras para o comércio de animais de estimação no Primeiro Mundo. Apesar do que vociferam os ignorantes contra os EUA, esta é mais uma boa amostra da importância que exercem os norte-americanos na proteção ambiental a nível planetário, coisa que – felizmente - deverá se ampliar ainda mais com a posse de Bill Clinton na Casa Branca. (JTPJr)

O Petróleo cobre o Alasca, a Escócia e... nós?

Da tragédia do Exxon Valdez ao recente naufrágio do petroleiro liberiano do capitão grego e tripulação filipina na Escócia, quase ninguém se dá ao trabalho de perguntar como vai o transporte de petróleo em águas brasileiras. A PETROBRAS, criminosa contumaz de multas não pagas ao IBAMA e derrames freqüentes em terminais mal a administrados, continua fretando navios petroleiros do tempo em que Berta fiava para carregar sua carga imunda. Pior ainda, pretende ampliar instalações no Sul do Brasil com a criação de mais um terminal petrolífero em Itajaí. Discussão pública? Nem pensar...

Ciclovias

A UPAN - União Protetora do Ambiente Natural está fazendo uma campanha pela criação de ciclovias e organizando uma série de passeios ecológicos em bicicleta. A bicicleta é cada vez mais valorizada em todo o mundo. Ajuda a conservar a saúde, é instrumento de lazer, não polui, e torna qualquer cidade mais humana. Num passeio, por ser silenciosa, permite a correta observação do ambiente natural, sem a interferência de barulho. Veja matéria sobre a UPAN nesta adição. (JBSA)

Turismo Ecológico

A Advancing Tour (tel. 331-0730) é a primeira empresa de turismo do RS a realizar roteiros completamente na natureza do nosso Estado. Incluem São Francisco de Paula, Bom Jesus e São José dos Ausentes, com Aparados da Serra (uma visão da Serra da Rocinha e do Pico Monte Negro – o mai alto do Rio Grande do Sul), Fazenda do Arvoredo – para almoço e janta -, Passo da Ilha, Cascata do Passo da Ronda, Passo do “S” e Taimbezinho. As excursões são realizadas em fins-de-semana, conforme com feriadão ou não, incluem mais ou menos paisagens. (ACCC)

Torres

A mais bela praia gaúcha, tão maltratada pelos seus administradores públicos, foi objeto de ação do Núcleo ES da FBCN. No final de 1992, denunciou ao ministério Público Estadual a existência de um aterro no eito do rio Mampituba. Na petição, é alegado que toda a margem do rio, lado do RS, no perímetro urbano, está degradada, sem vegetação ciliar. “O fato a margem estar totalmente ocupada por prédios de restaurantes e comércios, os quais ainda despejam seus lixos na água, não constitui motivo para novas incursões”, diz a representação.

A última agressão à paisagem torrense foi patrocinada pelo Governo do Estado: construiu uma enorme torre de concreto no Morro do Farol (quase três vezes a altura deste) para fins de recepção-emissão de sinais para telefones celulares. Numa terra de telefones comuns mudos, caros e ultrapassados, agora investe-se milhões de dólares em equipamentos de duvidável utilidade para a solução de nossos problemas. Agora, em vez de Morro do Farol, o Morro do Farol vai chamar-se Morro da Torre. Belo turismo esse! (JBSA)

Curso de Paisagismo e Flora Nativa

A Fundação Gaia realizou em novembro, em Pântano Grande, no Rincão Gaia, curso de Paisagismo e Flora Nativa – Preservação e Recuperação da Paisagem. Contatos com a Fundação através de correspondência para a Rua Jacinto Gomes, 39, em Porto Alegre.

Existência: Conexão Dioxina

A Coleção Existência, editada pela Cooperativa Coolméia, terá brevemente seu segundo volume: “Conexão Dioxina”. A Coolméia ampliou o seu horário aos sábados até às 17 horas. Ainda em estudos a abertura aos domingos. Continua um sucesso, aos sábados, a Feira dos Agricultores Ecologistas, quando os produtores colocam seus produtos diretamente à venda para os consumidores urbanos.

A Cooperativa localiza-se na Av. José Bonifácio, 645, em Porto Alegre. O número de telefone é novo (anote!): (051) 332-5907.






© 1992-1999 / 2007/2008 / 2024  João Batista Santafé Aguiar - É proibida a reprodução total ou parcial sem permissão por escrito / por email do autor ou detentor dos direitos. AVISO LEGAL - Eventualmente, os endereços informados, tanto os convencionais, como os eletrônicos como páginas web ou endereços de emails, serão os da época da publicação, não sendo mais funcionais, não havendo qualquer responsabilidade do Editor sobre o fato. Estes textos disponibilizados no AgirAzul Revista  foram produzidos nos anos de 1992 a 1998. Pessoas citadas poderão já não representar ou participar das entidades pela qual assinaram ou deram seus depoimentos ou mesmo já terem falecido. Eventualmente na versão para www.agirazul.com.br foram corrigidos erros de grafia e aplicação da língua portuguesa, além de  realizados alguns alertas sobre informações já ultrapassadas pelo tempo.