MARCO ANTÔNIO VELHO PEREIRA – Porto Alegre, RS – Esta tem o intuito de cumprimentar pelo brilhante trabalho que está sendo realizado a frente do veículo jornalístico AgirAzul. É um veículo que certamente será condutor e criador junto a Sociedade em Geral e as autoridades governamentais em particular de meios e novas tecnologias que resguardem a saúde e a preservação de nosso meio ambiente. Um aspecto de nossa sociedade brasileira, quanto ao lixo doméstico, hoje me chama a atenção. Pois este eu sei é uma coisa importante nas questões ambientais. Particularmente aqui enfoco a questão de embalagens de nossos produtos de limpeza doméstica. Observei que nossos produtos têm um ciclo de uso e de reposição mensal. Estes produtos de igual uso em países do assim chamado primeiro mundo são produzidos de forma concentrada e embalagens suficientes para um uso de, no mínimo, três meses de consumo. Infere-se que uma mesma quantidade de produtos de limpeza doméstica em um número menor de embalagens de plástico trará menos impacto ambiental. Outro ponto que também me chamou a atenção nos produtos de limpeza acima referidos é que todos eles para serem utilizados são diluídos em água. Questões como estas acredito são importantes e devem ser veiculadas e discutidas em um Jornal como o AgirAzul.
GEORGE OTTO VASQUE – Caa-y Associação Ecológica -, São Sebastião do Caí, RS – Recebemos o último AgirAzul com conteúdo especialmente bom, principalmente o texto do mestre Truda Palazzo sobre a vitória (provisória) contra a matança das baleias lá em Kioto. Conforme a resolução na Rio 92 as ONGs adotaram o idioma Esperanto como segunda língua de trabalho. Por isso peço encarecidamente que AgirAzul dê aos seus leitores uma idéia de sua lógica e simplicidade publicando a parte impressa deste aerograma, para que possam avaliar a construção genial cuja gramática pode ser aprendida em poucas horas. Poderiam acrescentar: KORESPONDA ESPERANTO-KURSO – Pkesto, 126 95760-000 São Sebastião do Caí, RS = Curso por correspondência sem ônus. Por meio do Esperanto podemos atingir 116 países simultaneamente, útil em campanhas globais como nessa, na defesa das baleias. Temos uma revista ecológica em Esperanto, a VERdire, editada na Noruega, que publica textos meus, lá no meio dos fanáticos caçadores de baleias. ANTAUEN MARCHAS NI = Para frente marchamos nós!
ROGÉRIO BARDINI – MOVET – Movimento Ecológico Tubaronense, Tubarão, SC (via Alternex) – Prezados companheiros, recebi ontem (25/7) durante uma reunião da Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses – FEEC, das mãos do Truda, a última edição do AgirAzul. Achei muito bom, com matérias de relevante interesse para o movimento ecológico. Com relação à matéria escrita pelo Zeno Simon sobre a realização do Tribunal da Água, ocorrido em abril na cidade de Florianópolis, é esclarecedora e oportuna. Apresenta de maneira sintética, mas muito clara todos os casos apresentados e os respectivos condenados. Contudo, há uma falha imperdoável (do autor ou dos editores?) que é a omissão das entidades que apresentaram os casos para o referido evento. Nós do MOVET (Movimento Ecológico Tubaronense) trabalhamos exaustivamente para apresentar o caso BACIA DO RIO TUBARÃO, onde conseguimos condenar uma estatal como a ELETROSUL, não poderíamos deixar de registrar nossa surpresa por essa omissão. Acreditamos que as demais entidades que também apresentaram casos deverão expressar a mesma queixa. Talvez esta falha possa ser corrigida na próxima edição! Na certeza de vossa compreensão, agradecemos.
Resposta de ZENO SIMON, autor do citado artigo: Prezados companheiros do movimento ambientalista: com relação à nota do MOVET referente à avaliação do TRIBUNAL DA ÁGUA, assinada por mim, esclareço que o texto foi produzido em caráter de documento interno para uma Organização Governamental (OG) e, cedido ao AgirAzul para copidescagem, acabou por ser aproveitado na íntegra. Nesse contexto, não me cabia aprofundar as questões referentes às ONGs e sim abordar mais cuidadosamente os aspectos institucionais e políticos do evento e seus desdobramentos. Também o papel de jurado não me permitia enfatizar a participação dos denunciantes em detrimento das causas propriamente ditas e do conjunto das sentenças. Entretanto, concordo que a participação das ONGs mereça mais divulgação, não só quanto ao seu papel no Tribunal, competentíssimo (com raríssimas exceções – e o MOVET não está entre estas), como também (e principalmente) quanto a sua atuação ulterior, visando a não deixar a morrer o “agito” propiciado pelo Tribunal. Sugiro ao MOVET, à APREMAVI e outras organizações que estabeleçam uma programação contínua de provimento de informações ao AgirAzul e órgãos afins sobre os desdobramentos do Tribunal da Água em suas regiões. Também sugiro uma maior divulgação sobre o péssimo comportamento da grande imprensa, principalmente gaúcha, não publicando praticamente uma só linha sobre seus antecedentes, seu desenvolvimento e suas conseqüências.