AgirAzul Revista 1992-1998

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AgirAzul 6

Uma opinião política

Por Augusto C. Cunha Carneiro*

Os municípios deveriam valorizar a reciclagem do lixo, porque é o FUTURO e se não o fizerem é porque, na administração, há pessoas que têm cegueira e má vontade para as soluções ecológicas.

Abordando o caso de Novo Hamburgo, verifica-se que os inconscientes administradores não têm nenhum escrúpulo em se omitir e negar colaboração, diminuindo verbas para manutenção decente e atenção para os catadores, pessoas sacrificadas que há anos vêm fazendo reciclagem sem reconhecimento do seu trabalho, e também para os ecologistas que, com abnegação e competência, planificaram e auxiliaram o Projeto RECICLAR, mantendo-o com sacrifícios e imensas dificuldades. Também esqueceram os administradores de estudar e comparar a situação presente e pensar na situação futura de Novo Hamburgo. 

Comparemos nós, ante a indiferença deles. Em São Leopoldo, cidade vizinha de Novo Hamburgo, a maior usina de lixo do Estado está fracassando. A maioria das usinas de inúmeras cidades do interior já está abandonada. Podemos também colocar o tamanho das áreas destinadas à disposição final do lixo e verificaremos que na maioria esmagadora das cidades do Rio Grande do Sul, por menores que sejam elas, este tamanho é sempre maior do que o da grande cidade de Novo Hamburgo.

Também é nossa opinião que, pelos motivos acima apresentados, prevemos que se os Ecologistas se retirarem do RECICLÃO (porque ninguém é de ferro), então, mais por falta de espaço, Novo Hamburgo vai conhecer uma crise de destinação final do lixo sem precedentes. Quem viver, verá! Seja o que quiserem os políticos e administradores deficientes.

* O autor é presidente da PANGEA – Associação Ambientalista Internacional.






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