AgirAzul Revista 1992-1998

Todo o conteúdo editorial da publicação em papel

AgirAzul 8

Sambódromo é barbarismo cultural

Não, não se assustem. Ninguém é contra o samba e o carnaval. José Lutzenberger, presidente da Fundação Gaia, está se referindo ao projeto da Prefeitura de Porto Alegre que pretende construir um sambódromo, intitulado pelos próprios de "parque cultural", em área próxima ao parque da Harmonia, no centro da cidade. Para Lutzenberger, é um absurdo a localização da obra que altera completamente o perfil da cidade visto do Guaíba, que hoje é lindo (no Rio de Janeiro, diz ele, o sambódromo de lá não incomoda porque já está em bairro urbanisticamente degradado). 

Para o presidente da Fundação Gaia não se pode impor modificações ao espaço utilizado pelos porto-alegrenses e, principalmente, para manifestações dos que cultuam as tradições gaúchas. "O sambódromo é uma coisa feia e asquerosa - mesmo deixando algum espaço para os gaúchos, um paredão-monstro ao lado altera todo o ambiente; é um barbarismo cultural", afirma.  "Também o crescimento da área com iluminação tende a destruir toda a grande biodiversidade dos insetos noturnos e disso ninguém fala e parece que não é importante", constata José Antônio Lutzenberger.

Nesta edição do AgirAzul, mais informações sobre o sambódromo: "Projeto Municipal pode destruir áreas únicas em Porto Alegre", por Ney Gastal (pags. 9 e 10); "Parque Cultural: uma contribuição", por Oliveira Silveira (pág. 11) e "Quo Vadis, PT", por José Truda Palazzo Jr (pág. 12).






© 1992-1999 / 2007/2008 / 2024  João Batista Santafé Aguiar - É proibida a reprodução total ou parcial sem permissão por escrito / por email do autor ou detentor dos direitos. AVISO LEGAL - Eventualmente, os endereços informados, tanto os convencionais, como os eletrônicos como páginas web ou endereços de emails, serão os da época da publicação, não sendo mais funcionais, não havendo qualquer responsabilidade do Editor sobre o fato. Estes textos disponibilizados no AgirAzul Revista  foram produzidos nos anos de 1992 a 1998. Pessoas citadas poderão já não representar ou participar das entidades pela qual assinaram ou deram seus depoimentos ou mesmo já terem falecido. Eventualmente na versão para www.agirazul.com.br foram corrigidos erros de grafia e aplicação da língua portuguesa, além de  realizados alguns alertas sobre informações já ultrapassadas pelo tempo.