AgirAzul Revista 1992-1998

Todo o conteúdo editorial da publicação em papel

AgirAzul 9

O Gasoduto Brasil-Bolívia

A ADFG-Amigos da Terra está acompanhando diretamente a implantação do Projeto de Gás Natural Brasil-Bolívia, desenvolvido atualmente pelo Governo Brasileiro, através da Petrobrás, e pelo Governo boliviano. A entidade considera que o gás natural não polui o ar, mas, no entanto, é um recurso natural não-renovável, significando que o seu tempo de utilização é limitado exigindo uma análise cuidadosa de seu custo de implantação.

Em outros Estados da federação brasileira, a obra está sendo dispensada do Estudo de Impacto Ambiental, apesar de ser obrigatório por lei para todo o empreendimento desta envergadura. No Rio Grande do Sul, a Petrobrás já fez tratativas com o IBAMA e a FEPAM a fim de obter a devida autorização para a implantação do ramal de gasoduto que passa pelo Estado.

A preocupação da ADFG-Amigos da Terra, diz Magda Renner, é no sentido de preservar a região dos Campos de Cima da Serra - uma das áreas mais bem preservadas do Estado, pois o solo da região é composto por uma camada extremamente fina de solos, que recobre um subsolo de puro granito. Para a instalação do gasoduto por este caminho, portanto, seria necessário uma grande quantidade de explosivos ou de tecnologias que aumentariam tremendamente os custos e o tempo de implantação da obra. Na região se localizam três unidades de conservação e um trecho de Mata Atlântica.

Magda Renner defende a implantação do gasoduto via litoral, que já se encontra impactado, com custos menores uma vez que o solo é arenoso e de fácil perfuração.

Diz Magda que o único a ser beneficiado com a obra pela serra é uma pequena indústria de celulose localizada em Cambará do Sul.






© 1992-1999 / 2007/2008 / 2024  João Batista Santafé Aguiar - É proibida a reprodução total ou parcial sem permissão por escrito / por email do autor ou detentor dos direitos. AVISO LEGAL - Eventualmente, os endereços informados, tanto os convencionais, como os eletrônicos como páginas web ou endereços de emails, serão os da época da publicação, não sendo mais funcionais, não havendo qualquer responsabilidade do Editor sobre o fato. Estes textos disponibilizados no AgirAzul Revista  foram produzidos nos anos de 1992 a 1998. Pessoas citadas poderão já não representar ou participar das entidades pela qual assinaram ou deram seus depoimentos ou mesmo já terem falecido. Eventualmente na versão para www.agirazul.com.br foram corrigidos erros de grafia e aplicação da língua portuguesa, além de  realizados alguns alertas sobre informações já ultrapassadas pelo tempo.