AgirAzul 9

CONSELHO ESTADUAL

Quanto respeito pode‑se ter de um homem público, pago por empresários, vai à Disneylandia e chama isso de “viagem de trabalho”?

Como representante suplente das entidades ecológicas no Conselho de Administração da FEPAM, participo regularmente das reuniões e, dia 15 de junho, tivemos uma reunião extraordinária onde seria analisada a “greve‑pipoca” da qual a FEPAM participa para, talvez, tomar uma atitude dentre aqueles pertinentes ao Conselho. Em princípio, algo pacífico para ouvir a posição patronal, representada pela Direção da FEPAM, e a posição obreira, representada pelos funcionários. Tudo dentro dos conformes de um regime democrático, e, mais ainda, trabalhista!.

Mas fizemos o prognóstico (reunião tranqüila) sem considerar a figura do Diretor‑Presidente da FEPAM, Geól. Luciano Teodoro Marques. Ele entrou nervosamente no gabinete sem cumprimentar ninguém, abriu a reunião e, após verificação de quorum depois da segunda chamada, deixou claro que era apenas a direção da FEPAM que falaria. Isso foi feito e aí os conselheiros começaram a pressionar para ouvir também os funcionários. Cada vez mais alterado, Luciano insistia em que não admitia tal hipótese e, quando sentiu que seria mais uma vez derrotado em votação, decretou o término da reunião, batendo com a mão na mesa, quase aos berros. Transtornado e completamente fora de si, deu uma volta na sua mesa, tornou a sentar‑se na mesa da reunião que ele mesmo acabava de encerrar e depois foi à antesala esperar, enquanto caminhava de um lado para outro, que os conselheiros deixassem seu gabinete de trabalho onde a reunião transcorria (e, a situação teve, obviamente por conta do Luciano, também seu lado ridículo).

Conheci o Luciano em fins de 90 no Castelinho da Ramiro, em Porto Alegre, e já naquela ocasião fiquei preocupado com o ar de desorganização e mediocridade que sua pessoa transmitia. Mas, assim como mesmo um regente ruim não consegue estragar o concerto de uma orquestra entrosada, esperava que na FEPAM o estrago não fosse grande. Mas, principalmente após o episódio da Jacuí 1, a situação está degringolando. Luciano não tem controle emocional, expõe‑se ao ridículo com facilidade espantosa — para Diretor‑Presidente da FEPAM não serve.

Já adivinho o que vai acontecer na próxima reunião: vamos nos deparar com a sugestão de aprovação de uma ata adulterada que omite o comportamento do Luciano. Não vamos permitir isso. Depois, não sei.Enquanto esta edição do AgirAzul circula, está ocorrendoa “Crise na FEPAM II”. Aguardem o próximo capítulo! 

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