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II Simpósio Brasileiro de Educação Ambiental

Resultados de diagnósticos de educação ambiental começam a ser divulgados

Especial para EcoAgência - 09 dez 2003

Itajaí, SC - O Fundo Nacional do Meio Ambiente financiou em 2003, o diagnóstico da situação da educação ambiental em algumas redes do país. As redes Sul Brasileira e Paulista, estão apresentando no II SSBEA os resultados preliminares destes diagnósticos, apontando fragilidades e caminhos de ação para os próximos anos.

Para a Repea, Rede Paulista de Educação Ambiental, o diagnóstico está apontando a existência de um grande número de estudantes universitários interessados na temática sócio-ambiental; além de um grande número de professores de educação infantil e básica que desenvolvem ações de educação ambiental, mas não se identificam como educadores ambientais.

Cynthia Helena Ravena Pinheiro, membro da Repea, diz que a estratégia da pesquisa era conhecer os educadores ambientais do Estado de São Paulo, mas a técnica de dispor de um extenso questionário se mostrou menos eficaz que o esperado. Dos mais de 1500 questionários respondidos, apenas 500 estavam completos. "Nós descobrimos que é necessário pensar estratégias diferentes para públicos diferentes", conta Cynthia, "esse foi um dos grandes aprendizados".

A Repea já está analisando os dados para planejar as suas ações para o próximo ano, mas Cynthia Pinheiro já adianta alguns indicadores de ações. "Identificamos um grande potencial de trabalho com a rede de ensino; capacitação de educadores e trabalho com os estudantes universitários que estão ávidos por ingressar nesse campo", afirma.

A educadora da Repea diz ainda que é possível perceber o quanto os professores, da rede pública especialmente, não se dão conta do próprio trabalho. Segundo Cynthia, eles estão tão atarefados com todas as demandas das escolas, que não percebem a qualidade e a importância de suas atividades que têm caráter ambiental, "tanto que seguem se identificam como educadores ambientais" completa.

A Rede Sul Brasileira também está em fase de análise dos dados obtidos, mas já identificou similaridades com o caso paulista. Antônio Fernando Guerra, coordenador do II Simpósio Sul Brasileiro de Educação Ambiental, diz que é possível perceber a existência de muitos projetos andando sozinhos, o que aponta a necessidade de aprofundar os elos da rede para que essas ações passem a se conectar de alguma maneira.

"A rede é formada por elos de confiança mútua, elas não se formam aleatoriamente", diz Guerra, "por isso a REASul tem, buscado estabelecer parcerias que garantam a sua sobrevivência e consolidação do trabalho".

Texti de Gisele Neuls - especial para EcoAgência - gisele@ecoagencia.com.br


Última atualização: 18 outubro, 2013 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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