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Após 15 anos de seu assassinato, Chico Mendes é lembrado em todo o mundo

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Especial para a EcoAgência - 22 dez 2003

 

Porto Alegre, RS - Chico Mendes é hoje em todo o mundo uma lenda do ambientalismo. Quando se fala em Amazônia ou Brasil, alguém sempre lembra do seu nome: Chico Mendes. No Brasil ele virou nome de ruas, praças, parques e as homenagens se proliferam.

Mas nem sempre foi assim. No final dos anos 80, Francisco Alves Mendes Filho, ou simplesmente Chico Mendes, começava a ficar conhecido no exterior pela sua dedicação e luta em defesa dos povos da Amazônia. No Brasil, no entanto, poucos conheciam esse homem de estatura mediana e que assustava os devastadores da floresta. Nos seringais do Acre, quando se falava em Chico Mendes sabia-se que estava sendo preparado um novo empate. O empate era o enfrentamento pacífico que os seringueiros faziam aos fazendeiros que derrubavam imensas áreas de florestas.

Hoje (22) vários seringais da Amazônia pararam para homenagear o grande líder que enfrentou com sua própria vida a destruição ambiental.

Morte Anunciada

Chico Mendes sabia que sua morte estava sendo preparada de forma fria e calculista. Sua ex-esposa Ilzamara conta que os pistoleiros reuniam-se defronte a casa de Chico Mendes, fazendo provocações, levantavam a camisa mostrando as armas. Darli e seus filho Alvarino Alves da Silva, fugitivos da justiça do Paraná por assassinato andavam tranqüilamente pela cidade de Xapuri. A Polícia Federal no Acre chegou a receber em 26 de setembro de 1988 uma carta precatória da Comarca de Umuarama, no Paraná, para que a prisão de ambos fosse efetivada. Nada foi feito, dando tempo aos procurados que matassem o Chico e fugissem.

Chico Mendes temia que sua morte caísse no esquecimento. Ele chegou confidenciar a amigos: "Se descesse um enviado dos céus e me garantisse que minha morte iria fortalecer nossa luta até que valeria a pena. Mas a experiência nos ensina o contrário. Então eu quero viver. Ato público e enterro numeroso não salvarão a Amazônia. Quero viver".

Infelizmente o que ele temia aconteceu. No dia 22 de dezembro de 1988, Chico jogava dominó com seus seguranças (três agentes da Polícia Militar do Acre). A esposa informou que o jantar estava pronto. Chico levantou-se para tomar banho (o banheiro ficar separado da casa). Ao abrir a porta levou um tiro de escopeta no peito. Seus assassinos, Darli e Alvarino, aguardavam Chico do lado de fora da casa. O ambientalista ainda foi socorrido com vida, mas chegou morto ao hospital.

Prêmio Chico Mendes

Entre as várias homenagens, uma das mais importantes foi implantada por sua herdeira política, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Na última sexta-feira foram anunciados os vencedores da segunda edição do Prêmio Chico Mendes. O objetivo do prêmio é “estimular a contribuição de indivíduos, comunidades, empresas e entidades ao desenvolvimento sustentável da Amazônia”. A ministra Marina Silva, explica que a premiação é o reconhecimento das atividades que fazem uma "ponte correta" entre questões ambientais e sociais. "O Chico foi o precursor de tudo isso no Brasil", arremata ela.

E nada mais justo que entregar o troféu do primeiro lugar, na categoria Liderança Individual, a Raimundo Mendes Barros, um dos fundadores do Conselho Nacional dos Seringueiros. Além de fundar o Conselho juntamente com Chico Mendes, Raimundo foi também seu companheiro no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (AC). Também foram premiados a Associação Vyty-Cati, formada por 14 aldeias que trabalham no manejo de frutas nativas desde 1994; a Associação em Áreas de Assentamento do Maranhão; Associação dos Artesãos e Manejadores Indígenas Apurinã do 45, que fica no sul do Amazonas; Federação dos Organizadores Indígenas do Rio Negro e o Instituto Sócioambiental (ISA) e Organização não governamental Vídeo nas Aldeias.

Saite relacionado:

Comitê Chico Mendes - http://www.chicomendes.org

 

Texto do jornalista Juarez Tosi (juarez@ecoagencia.com.br) - Especial para a Ecoagência de Notícias


Última atualização: 05 fevereiro, 2014 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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