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Amazônia é tema de nova série na BBC

Chico Mendes, Lutzenberger e Marina Silva são os temas de Adrian Cowell em entrevista exclusiva para a EcoAgência

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Exclusivo da EcoAgência de Notícias - 22 dez 2003


Adrian Cowell em 2003 - © Pilly Cowell

Porto Alegre, RS - A EcoAgência de Notícias conversou com o cineasta britânico Adrian Cowell via Internet a respeito de Chico Mendes, de José Lutzenberger e o novo governo brasileiro. Trabalhando em nosso país há mais de 40 anos, Cowell produziu inúmeras séries premiadas para a TV britânica, entre elas a "Década da Destruição", em conjunto com a Universidade Católica de Goiás. Aprendeu português junto aos índios do Xingú.

Foi filmando para esta série que Cowell conheceu Chico Mendes, José Lutzenberger  e a atual Ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ele conta que conheceu a Ministra ainda em 1986, quando ela participava da campanha eleitoral com Chico Mendes, que estava sendo filmado.

Para ele, a Marina e Lula "são muito bem vistos no mundo afora, como socialistas, e por trabalhar para melhorar o padrão de vida dos brasileiros pobres e, como amigos de Chico Mendes, ao proteger o meio ambiente".

NOVA SÉRIE SOBRE A AMAZÔNIA - Nesta segunda-feira, 22/12, inicia a transmissão no serviço mundial da BBC de nova série sobre a situação da Amazônia realizada por Cowell. O primeiro filme é "Chico´s Dream", aos 15 anos de seu falecimento.

Veja no saite da BBC World os horários da apresentação http://www.bbcworld.com/content/template_clickpage.asp?pageid=2148&home=1

Lembra Adrian que havia muita pressão migratória para a Amazônia na década de 1980-1990. "Um parque ou uma reserva biológica tinha um efeito como um vácuo, chamando invasão por todos os lados". A grande proposta de Chico Mendes para viabilizar as reservas extrativistas era defender o aproveitamento da população que morava dentro da reserva para defender os seus limites sem a necessidade do pagamento de guardas. Destaca à EcoAgência que o problema atual é gerar renda suficiente para tornar possível a fixação da população na reserva extrativista, o que ainda está muito longe.

"Chamamos a década de 80-90 como 'A Década da Destruição' porque o desmatamento e as queimadas destruiram uma quantidade enorme do material orgâanico (provavelmente a maior destruição da história)", relata. Mas chama a atenção para o fato de que parece que isto mudou pouco. "Em 2002, houve um aumento no desmatamento de 40% sobre 2001. No Plano Plurianual 2004-2007, atualmente no Congresso brasileiro", conta, "é previsto mais desmatamento nos próximos 20 anos, na ordem de 60 mil km², em deflorestamento anual sobre a taxa corrente, na hipótese otimista, e 135 mil km², no hipotese pessimista (projeções do ISA e IPAM)"

LUTZENBERGER - Conta que procurou o ambientalista José A. Lutzenberger em Porto Alegre, em 1980 ou 1981, para filmar  na Amazônia. Na época, não havia ONGs brasileiras na região que viabilizassem entrevistas sobre as questões ambientais. Havia organizações semi-governamentais como INPA e o Museu Goeldi, mas naquele tempo a voz que falava com a maior força sobre o meio ambiente no Brasil era justamente a do Lutzenberger.

"Para mim, afirma, ele foi o pai do ambientalismo no Brasil. E tínhamos muito sorte porque ele sempre arrumou tempo para viajar e trabalhar conosco na Amazônia onde fizemos vários filmes. Às vezes, também, assumiu posições-chave, por exemplo, ao apresentar a Aliança dos Povos da Floresta para as ONGs em Washington no início da campanha contra os financiamentos do Banco Mundial para a região e quando ajudou a tornar Chico Mendes e o Conselho Nacional dos Seringueiros conhecidos no resto do Brasil", afirma.

Concluindo, contou que tem muitas saudades do Lutzenberger. Relatou que uma vez estavam viajando em um jipe pela BR-364, a oeste de Rio Branco, quando ele pediu para urinar. Quando voltou do mato, pediu, sem explicação, que esperássemos mais alguns minutos. Depois, disse "Vamos na floresta para inspecionar minha urina". Meio perplexo, e, obviamente, sem muito entusiasmo, segui atrás dele e lá na floresta vi mais ou menos 100 insetos voando sobre e bebendo a urina dele. "Isto mostra a pobreza deste ecossistema" disse Lutz. "Eles estão desesperados pelos sais da minha urina. Isto era o Lutz. Às vezes ele podia parecer meio doido, mas sempre estava observando, deduzindo, ensinando.

Em 2002, Adrian Cowell foi visitar o túmulo de Lutzenberger, falecido em 2001, no Rincão Gaia, no Rio Grande do Sul.

 

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Texto do jornalista João Batista Santafé Aguiar - joaobatista@ecoagencia.com.br  para a EcoAgência de Notícias - www.ecoagencia.com.br 


Última atualização: 11 fevereiro, 2014 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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