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FSM NA ÍNDIA

Soberania alimentar, contra exportações

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19 jan 2004

Mumbai, Índia - A Via Camponesa, organização de camponeses de todo o mundo, reafirmou a soberania alimentar como sua bandeira em uma das conferências iniciais do Fórum Mundial Social (FSM), ignorando a disputa entre países em desenvolvimento e industrializados na Organização Mundial do Comércio. "A OMC deve ficar fora da agricultura’, disse o ativista francês Jose Bove.

A situação agrícola agravou-se desde 1986, quando começaram as negociações comerciais globais que levaram à criação da OMC em 1994, argumentou. Com a soberania alimentar, a Via Camponesa "recupera o princípio de que cada povo, seja de um país, de uma província ou de comunidades locais, deve produzir seus próprios alimentos", explicou Itelvina Massioli, do Movimento dos Sem-Terra (MST) do Brasil.

Sem isso, "nenhum povo é livre. Um país que não protege sua agricultura e alimentação está condenado ao fracasso", afirmou. A defesa dos mercados locais, "camponeses e indígenas" também foi recomendada pelo máximo dirigente da Via Camponesa, o hondurenho Rafael Alegria, acusando a OMC de daninha e saudando os golpes sofridos pela organização em suas reuniões nos últimos anos. A Via Camponesa considera a alimentação da população nacional prioridade absoluta da agricultura, rejeitando políticas voltadas à exportação, que deveriam estar limitadas a excedentes ocasionais.

Enquanto isso, os governos do grupo de países em desenvolvimento G-20, encabeçado por Brasil e Índia, busca negociar na OMC a extinção do protecionismo e dos subsídios praticados por União Européia e Estados Unido. Assim, esperam conseguir uma melhora nos preços agrícolas internacionais e aumentar as exportações, ampliando a renda para financiar seu desenvolvimento. Este é o caminho de um modelo sem futuro, segundo os dirigentes camponeses. Mais de cem mil chineses já tiveram que deixar o campo e o triplo terá o mesmo destino nos próximos anos, segundo Bove. Por sua vez, Alegria destacou que dois terços da humanidade são rurais e grande parte carece de terras, enquanto bilhões de pessoas passam fome.

Em sua opinião, a reforma agrária é necessária não só para alimentar as pessoas, mas, também, para ter "camponeses mais conscientes, mais solidários, mais inteligentes e mais combativos’. Este, entretanto, não é o caso de Moçambique, onde a luta é para "não perder a terra", que é pública em sua maior parte, disse ao Terra Viva Antonio Tonela, coordenador de programas da União Nacional de Camponeses. Ao contrário da realidade de muitos países, inclusive dos vizinhos África do Sul e Zimbábue, os camponeses moçambicanos buscam impedir a privatização de suas terras e o cumprimento de uma lei "progressista" de 1998, que promove a agricultura familiar e permite às mulheres terem o controle da terra, além do acesso a ele, explicou.

Ter a terra em seu nome, uma conquista recente, é importante para as mulheres camponesas conquistem alguma independência e possam enfrentar "problemas específicos" de sua condição feminina, com ao violência doméstica, observou a brasileira Adélia Schmitz, integrante do Movimento de Mulheres Camponesas. Alegria, durante a conferência sobre "terra, água e soberania alimentar", defendeu uma campanha para a recuperação de sementes de arroz para livre uso dos camponeses na Ásia, em oposição ao domínio de seu comércio por multinacionais. A conferência atacou, também, a monopolização de sementes via patentes, os produtos transgênicos, a destruição de recursos naturais e a privatização da água, principalmente por grandes multinacionais como Coca-Cola e Nestlé. (IPS/Envolverde)

Redação Terra Viva - Este material foi produzido pela Inter Press Service e distribuído pela Agência Envolverde (http://www.envolverde.com.br)


Última atualização: 25 abril, 2014 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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