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FSM NA ÍNDIA

O arroz é asiático, defende a Via Campesina

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20 jan 2004

Mumbai, Índia - Tempos atrás a India tinha cerca de 30.000 espécies de arroz. Restam poucas hoje. A destruiçâo da biodiversidade é uma das consequências da crescente monopolização das sementes por empresas transnacionais. É também um dos motivos da campanha lançada pela Via Campesina neste FSM, em favor da recuperação das sementes do arroz pelos povos asiáticos.

O arroz, um dos alimentos mais consumidos no mundo, tem origem na Ásia, mas o comércio das sementes é controlado por dois grupos americanos, a Monsanto e a Cargil, explicou o secretário executivo da Via Campesina, o hondurenho Rafael Alegria. Não tem sentido comprar sementes "americanas", quando "o arroz é asiático", afirmou.

Essa apropriaçâo da biodiversidade acontece desde o colonialismo. A batata conhecida como "inglesa" no Brasil é na verdade peruana.

A campanha internacional do arroz, lançada aqui por causa da importância e da "mística" desse alimento na Ásia, tem o objetivo mais geral de devolver aos camponeses o antigo controle sobre a sementes, onde ele foi perdido, e preservá-lo onde sobreviveu. "Queremos também que seja reconhecido e respeitado o conhecimento tradicional dos camponeses e índios", que historicamente produziram suas próprias sementes. O melhoramento genético que gera produtividade nâo é monopólio da pesquisa acadêmica, observou Alegria.

A Via Campesina reafirmou neste IV FSM a sua defesa da soberania alimentar. "Cada povo, seja de um país, estado ou comunidade local, debe produzir seus próprios alimentos, ou nâo será livre", disse a brasileira Itelvina Massioli, do Movimento dos Sem Terra, ao intervir na conferência sobre "Terra, agua e soberania alimentar", no sábado. "Um país que nâo protege sua agricultura e a alimentaçâo do seu povo está condenado ao fracasso", afirmou.

"Alimento nâo é mercadoria, é um direito fundamental. É preciso primeiro comer e depois vender", justificou Alegria o fato do movimento mundial de pequenos agricultores e trabalhadores rurais rejeitar a negociaçâo agrícola na Organizaçâo Mundial de Comércio, ignorando a luta dos governos de países em desenvolvimento que lutam na OMC contra o protecionismo e os subsidios para abrir os mercados agrícolas da Europa, Estados Unidos e Japâo.

"O discurso pela liberalização do comercio é o mesmo dos ricos", é um caminho que não resolve o problema dos camponeses nem da pobreza, pois aumentar as exportaçôes "só acumula capital nas mãos de exportadores e especuladores", argumentou Alegria.

"Não estamos contra o comércio, mas é preciso inverter as prioridades, produzir primeiro para alimentar a população, o que dinamiza o mercado local e beneficia o pequeno produtor", acrescentou.

Os países que mais exportaram alimentos sâo os que concentram maior quantidade de famintos. Um exemplo é a India, mencionou Alegria.

"A OMC debe ficar fora da agricultura", reforçou o ativista francês José Bové, recordando que a situação dos camponeses se agravou desde 1986, quando teve inicio o processo de negociações que culminou na criaçâo da organizaçâo em 1994. Os preços cairam e milhões de camponeses foram expulsos da terra. É o que vem acontecendo na China, desde sua adesão à OMC, exemplificou.

A Via Campesina, que também inclui organizaçôes indígenas e dos afetados por barragens, trouxe a Mumbai cerca de 180 delegados de todo o mundo que, além de participar do FSM, realizam uma serie de atividades paralelas em Mumbai. (IPS/Envolverde).

Por Redação IPS/Terra Viva Este material foi produzido pela Inter Press Service e distribuído pela Agência Envolverde (www.envolverde.com.br)


Última atualização: 30 abril, 2014 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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