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FSM NA ÍNDIA

Bhopal, 20 anos depois

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24 jan 2004

A indiana Rasheeda Bi, sobrevivente de um dos maiores crimes cometidos por transnacionais, dá, no IV FSM, seu testemunho e mensagem de luta

"Na noite de 2 de Dezembro de 1984, quando o gás vazou da fábrica da Union Carbide em Bhopal, as pessoas estavam em tal pânico que perdiam totalmente o controle seus diafragmas. Tinham a sensação de queimar por dentro. Perguntavam-se se não existiria uma fogueira de pimentas vermelhas nos arredores. A dor era tão viva que muito teriam preferido morrer. Por toda a noite, seus olhos ficaram tão inchados que precisavam meter os dedos sob as pálpebras para abri-los. Então, viam apenas cadáveres.

“Às 5 horas da manhã, soube-se que o gás parou de vazar. Apenas então, fomos informados da origem da catástrofe. Quando os serviços médicos autopsiaram os corpos das vítimas, diagnosticaram uma morte que equivalia à provocada por afogamento.

“Em três dias, 3 mil pessoas morreram. Mas não foi tudo. Os efeitos da fuga de gases perduram até hoje. As mulheres são atingidas em particular. Aquelas que eram meninas na época do desastre têm problemas de fertilidade, de menstruações múltiplas, e até suas crianças apresentam seqüelas. A maior parte dos sobreviventes perdeu também o emprego, sem receber qualquer compensação.

Governo capitula; mulheres, não

“O governo indiano comportou-se de maneira vergonhosa. O presidente da Union Carbide não sofreu nenhum constrangimento, e pôde deixar o país tranqüilamente. Quatro anos mais tarde, o Estado entrou em acordo com a empresa, por um montante irrisório. As vítimas receberam apenas 500 dólares, metade dos quais gastos em despesas administrativas e judiciais. Em 2001, quando a Dow Chemical incorporou a Union Carbide para criar um imenso conglomerado, a direção da empresa apressou-se a comunicar que não se considerava responsável por nada do que tinha se passado.

“As mulheres decidiram então agir, e lançaram a campanha "com uma vassoura". É algo bastante simbólico: na Índia, quando uma mulher brande uma vassoura, é porque está realmente raivosa. Conjuntamente, elaboramos uma plataforma de reivindicações dirigidas aos Estados Unidos, ao governo indiano, ao Estado de Madhya Pradesh e à Dow Chemical. Exigimos a prisão do antigo presidente da Union Carbide, a responsabilização, pela Dow Chemical (no que diz respeito às compensações), a limpeza do local do acidente, e o pagamento de uma pensão às pessoas que tenham ficado doentes demais para que possam trabalhar.

“Queremos que os responsáveis por este drama sejam condenados pesadamente. E, sobretudo, que aquilo nunca mais se repita.”

Por Karine Portrait, Les Pénélopes - Publicado em Porto Alegre 2003.


Última atualização: 13 maio, 2014 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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