INTERNACIONAL
Governos precisam agir imediatamente para proteger a vida no
planeta
Greenpeace pede que países mais ricos do mundo disponibilizem recursos financeiros suficientes para criar rede global de áreas protegidas
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Kuala Lumpur, Malásia - Ministros do Meio Ambiente
de vários países estiveram reunidos hoje durante a Cúpula pela Vida na Terra, a 7a
Conferência das Partes (COP-7) da Convenção das Nações Unidas sobre
Diversidade Biológica (CDB), que está sendo realizada em Kuala Lumpur, na
Malásia. Para o Greenpeace, as negociações sobre a proteção da vida no planeta
estão em um estágio crítico e são os representantes de governos reunidos em
Kuala Lumpur que devem assegurar que esta reunião não se transforme em outro
fracasso.
"O futuro das florestas e oceanos do planeta está em jogo e a perda de vida no
planeta precisa ser barrada imediatamente", disse Paulo Adário, do Greenpeace,
presente à reunião da CDB. "Muito pouco foi feito até agora para cumprir o acordo
fechado durante a Cúpula da Terra, realizada há dois anos em Joanesburgo, na
África do Sul. Os governos dos países participantes da CDB precisam começar a
trocar promessas e intenções por medidas concretas em defesa da biodiversidade
das florestas e oceanos. Isso inclui mais dinheiro a ser colocado na mesa,
principalmente pelos países ricos e grandes consumidores de recursos naturais".
Para barrar a destruição da biodiversidade no planeta, os delegados reunidos na
CDB devem se comprometer com a efetiva implementação de uma rede global de
áreas protegidas, que respeite os direitos dos povos indígenas e comunidades
locais. Governos das nações ricas e industrializadas devem fornecer os recursos
econômicos necessários para apoiar a implementação destas áreas nos países em
desenvolvimento. Além disso, todas as Partes da Convenção devem monitorar e
relatar a implementação destas decisões.
De acordo com estimativas do Greenpeace, atualmente há um déficit de US$ 25
bilhões para implementar efetivamente um sistema global de áreas protegidas.
"Apenas com o dinheiro necessário, podemos garantir que a riqueza de frágeis
ecossistemas, como a da Amazônia, seja mantida para as futuras gerações.
Governos de vários países devem começar a colocar dinheiro na mesa para
reverter a situação de destruição ambiental que atravessamos hoje", disse Adário.
Nos últimos meses, o Greenpeace está denunciando a destruição das últimas
florestas primárias do planeta e a devastação dos oceanos ao redor do mundo.
O Greenpeace está pedindo aos governos que protejam a vida em toda a sua
diversidade, respeite os direitos dos povos indígenas e a variedade cultural.
Governos de várias partes do mundo precisam banir atividades industriais em larga
escala em todas as áreas intactas extensas e estabelecer uma rede de áreas
protegidas com efetivo manejo e cumprimento da lei.
Como parte da campanha, o Greenpeace vai oferecer o prêmio
"Assassinos do
Planeta 2004" aos governos que ainda não agiram para deter a perda de
biodiversidade na Terra. Durante a CDB, todos os governos dos países
industrializados foram nomeados para receber o prêmio, por explorarem as
florestas e oceanos do planeta durante séculos acreditando erroneamente que a
proteção da biodiversidade não teria custo algum. "Se os governos realmente
acreditam nisso, talvez seus representantes também possam abrir mão de seus
salários por um ano", disse Adário. Outros indicados foram o Chile, a Austrália e
Estados Unidos.
Link Relacionado:
http://www.greenpeace.org.br
Jornalista Tica Minami, assessora de comunicação da campanha da Amazônia, do Greenpeace.
Última atualização:
27 julho, 2014 - ©
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