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NACIONAL

Algas nocivas e ficotoxinas são tema de cartilha

Publicação desmistifica as marés vermelhas que aparecem nos oceanos

Itajaí, SC - Em todos os oceanos e ao longo dos oito mil quilômetros da costa brasileira, existem organismos marinhos denominados microalgas ou fitoplânctons. Esses organismos são a base da cadeia alimentar marinha. Porém, muitos deles carregam consigo potentes toxinas que podem afetar humanos, peixes e outras espécies marinhas.

Essas microalgas, quando em grande quantidade (milhões de células em um litro de água), podem alterar a cor dos oceanos dando uma coloração vermelha, e quando isso acontece fatalmente acabam sendo chamadas de “Maré Vermelha”. Mas nem sempre essas microalgas são vermelhas ou tóxicas. Por vezes elas aparecem em grandes dimensões, como uma manifestação de uma condição oceanográfica propícia, sem nenhum efeito nocivo ao homem ou ao ambiente.

Para desmistificar e contribuir para o conhecimento das chamadas marés vermelhas, pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg) lançaram a cartilha Algas Nocivas: conceitos, métodos e análises. Ilustrada e com uma linguagem acessível, a cartilha apresenta a importância das algas na cadeia trófica dos oceanos, suas toxinas, aspectos da legislação brasileira sobre o tema e informações sobre coleta, análises e variações ambientais para o monitoramento dos oceanos.

Expansão de incidências

“Tanto no Brasil como em outros países, a comunidade científica tem observado um aumento na incidência das microalgas nos oceanos”, observa o pesquisador da Univali Luis Antônio de Oliveira Proença. Ele conta que muitas dessas microalgas são tóxicas e causam danos. “Na região de Rocha, no Uruguai, uma floração tóxica causou a interrupção da extração de moluscos, um dos filtradores mais afetados pelas toxinas”, exemplifica o pesquisador.

Outro exemplo recente é o de Porto Seguro, na Bahia, na primeira quinzena de fevereiro, onde cerca de duzentas pessoas foram atendidas com infecção intestinal nos hospitais da região. Elas acabavam de sair de um banho de mar num local onde havia uma floração de microalgas. A possibilidade de que o evento tenha sido causado por uma maré vermelha foi levantada.

Na década de 1960 pesquisadores descreveram uma maré vermelha que causou sintomas de danos respiratórios, náuseas e febres em banhistas de Tamandaré, Pernambuco, e no caso de Porto Seguro, os sintomas descritos são muito semelhantes ao que foi chamado na época de Febre de Tamandaré. Esta síndrome está associada à ocorrência uma espécie de algas do grupo das cianobactérias, que formam extensas manchas nos oceanos tropicais”, comenta Proença.

Mais informações

Cartilha Algas Nocivas: conceitos, métodos e análises podem ser obtidas pelo telefone (47) 341-7713 ou na homepage http://www.cttmar.univali.br/algas/publicacoes/cartilha.pdf.

Departamento de Comunicação e Marketing Intitucional da Univali


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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