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INTERNACIONAL - Greenpeace exige que autoridades nucleares revejam a segurança dos reatores

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Relatório alemão aponta os perigos das usinas nucleares em caso de ataques terroristas

Berlim, Alemanha - O Greenpeace está solicitando a todas as autoridades que trabalham com a segurança nuclear no mundo que revejam urgentemente a segurança de seus reatores, e fechem aqueles que são mais vulneráveis. O chamado é resultado de um documento confidencial do governo alemão, cujo resumo vazou para a imprensa na Alemanha e na Áustria. O estudo demonstra que nenhuma central nuclear é totalmente segura contra um ataque terrorista e que é impossível controlar as usinas mais velhas, caso um avião fosse jogado contra elas.

O documento foi produzido pela Organização Alemã de Segurança dos Reatores (GRS, em inglês) e faz um relato sobre o que aconteceria às usinas, caso elas sofressem atentados aéreos como o das torres do World Trade Center em Nova York (EUA), em setembro de 2001. O resumo que vazou foi feito pelo Ministro do Meio Ambiente alemão. O presidente da Agência Alemã de Proteção a Radiação (BfS, sigla em alemão), Wolfram Konig, declarou que cinco dos 18 reatores em operação em seu país deveriam ser fechados o mais breve possível por apresentarem uma grande ameaça à segurança.

“Se a energia nuclear sempre esteve diretamente ligada à falta de segurança, os acontecimentos de 11 de setembro de 2001 potencializam esta ameaça a um nível ainda mais alto. Dois anos e meio depois dos atentados em Nova York, a indústria nuclear e os governantes de todo o mundo ainda não discutiram o problema”, disse o coordenador mundial da Campanha Nuclear do Greenpeace, Jan Vande Putte. “Se o presidente da Agência Alemã de Proteção a Radiação afirma que cinco reatores deveriam ser desativados, então eles precisam ser fechados imediatamente. Mas este não é apenas um problema da Alemanha, e sim de qualquer país que possui usinas nucleares em seu território”, disse.

O Greenpeace enviou o resumo do relatório da GRS traduzido para as autoridades responsáveis pela segurança nuclear em 30 países do mundo, exigindo uma inspeção urgente às centrais. Os resultados deste documento deveriam ser divulgados publicamente já que todo cidadão precisa entender as ameaças às quais está exposto pelo perigo nuclear.

“O Greenpeace trabalha para o fechamento de todas as usinas de energia nuclear porque elas são inseguras, produzem toneladas de lixo nuclear altamente radioativo e aumentam a proliferação de armas nucleares. Já existem alternativas como a energia eólica, que além de serem mais limpas do que a energia nuclear, são também mais baratas. Chegou a hora de alterar a atual forma poluidora e perigosa de produção de energia para uma alternativa mais limpa”, disse Vande Putte.

Um novo relatório do Greenpeace demonstra que a energia eólica sozinha pode suprir um terço das necessidades energéticas da Europa. A Agência Internacional de Energia – órgão intergovernamental - publicou no ano passado um relatório que mostra que um aumento da eficiência energética dos eletrodomésticos impede a construção de 40 grandes usinas nucleares.

Com o fechamento imediato dos usinas mais perigosas, o mercado de energia limpa será impulsionado, gerando mais empregos e mais segurança. O Greenpeace está pedindo que a Comissão Européia lidere uma inciativa para promover o desenvolvimento de energias renováveis durante a Conferência Intergovenamental de Energias Renováveis, que será realizada em Bonn (Alemanha), em junho próximo. A meta proposta pelo Greenpeace é de que 20% de toda a energia consumida na Europa seja proveniente de fontes renováveis até 2020.

Assessoria de Comunicação Social do Greenpeace.


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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