15 mar 2004
Itajaí, SC - Ação será realizada amanhã (terça-feira, 16) no píer da empresa de pescados Fripesca Pesquisadores e acadêmicos envolvidos nas atividades do Centro de Reabilitação de Aves Marinhas, localizado no campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Penha, farão nesta terça-feira, 16, por volta das 10h, uma boa ação que pretende se tornar rotina nos meses de inverno e de primavera. Um pingüim, que vem sendo tratado há duas semanas, vai ser embarcado no barco pesqueiro Santa Filomena e solto no litoral do Rio Grande do Sul, próximo às correntes mais frias do Oceano Atlântico.
A ação é uma iniciativa do Centro de Reabilitação numa parceria – que pretende ser permanente – com a empresa de pescados Fripesca, de Itajaí. “Precisávamos de um parceiro que levasse esses animais o mais próximo possível de seu habitat natural”, comenta o professor do curso de Oceanografia da Univali, Gilberto Manzoni.
Segundo ele, é comum a presença dos pingüins na costa brasileira no inverno e na primavera. Eles são atraídos pelas águas quentes do litoral brasileiro e acabam se perdendo de seu grupo. “Sempre recebemos pingüins encontrados pela comunidade de nossa região nessas épocas do ano, mas sempre foi difícil levá-los para o litoral gaúcho devido à estrutura que dispomos para esse trabalho”, revela Manzoni.
Se é normal a presença de pingüins nos meses de inverno e primavera, o que este fazia aqui em pleno verão? “É realmente um caso atípico, que requer um estudo aprofundado de comportamento dessa espécie”, explica Gilberto. O pingüim foi alimentado e re-hidratado no período de duas semanas, ganhando cerca de 800 gramas. Ele está anilhado e passará a ser monitorado, assim como todos os outros pingüins que o Centro de Reabilitação passar a tratar.
Mais informações: Centro de Reabilitação de Aves Marinhas da Univali, (47) 345-5980
ASCOM/UNIVALI