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NACIONAL

Ministério do Meio Ambiente vai criar Grupo de Trabalho sobre Informação Ambiental

21 março 2004 - Especial para  a EcoAgência de Notícias

Foto-cortesia de Iracema Nascimento

São Paulo, SP - A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assina nesta semana portaria que institui o Grupo de Trabalho sobre Comunicação e Informação Ambiental. O anúncio foi feito neste sábado (20/3) pelo secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, durante o II Encontro da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA) em São Paulo, realizado na sede da ONG Ação Educativa. A criação desse Grupo de Trabalho é uma reivindicação de jornalistas ligados à RBJA, que formalizaram a proposta em setembro do ano passado ao Ministério do Meio Ambiente, durante evento ocorrido em Rio Branco, Acre.

A mesa do debate contou ainda com a participação do diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Montovani; do diretor de redação da Agência Envolverde e editor no Brasil do projeto Terra América, do PNUMA Adalberto Wodianer Marcondes; além do presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Fred Ghedini, com coordenação do moderador da RBJA, José Alberto Gonçalves.

O Grupo de Trabalho a ser instituído tem por finalidade formular uma proposta de política com normas, instrumentos e ações direcionadas para fomentar a produção, a difusão e a democratização da informação ambiental no país. O principal objetivo é contribuir para a qualificação do debate temático nacional e para a proteção do ambiente natural.

De acordo com o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, a materialização do apoio pode ser tanto em recursos financeiros, como em logística e infra-estrutura, ou mesmo através da marca institucional do Ministério para buscar apoios e parcerias aos projetos. Langone informou que o MMA está reestruturando seu setor de Comunicação Social, com a implantação de uma política institucional que pense o órgão na sua lógica global e, a partir daí, organize a relação do ministério com a sociedade, transformadores de opinião e outros. Atualmente, admite Langone, esse setor funciona como um serviço de atendimento à imprensa, por meio de uma postura reativa à demanda da mídia.

O governo tem muitas informações de utilidade pública que não consegue divulgar. Os problemas que mobilizam uma região, não sensibilizam outras. Por isso, é necessário que a estratégia nacional compreenda essa diversidade do Brasil para que se tenha mais eficiência nesse processo, que sairia de uma política de comunicação para uma política de informação, a qual temos certeza que não poderemos fazer sozinhos, no sentido de que possamos avançar no que chamamos de eco-cidadania, argumenta.

Política Pública

O coordenador do Encontro, jornalista José Alberto Gonçalves, moderador da RBJA no Sudeste, destacou que "a proposta da criação do Grupo de Trabalho não partiu do governo, mas da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (a lista de discussão na internet que engloba cerca de 300 jornalistas ambientais de todo o país), com apoio de diversas entidades". "Esse grupo a ser criado", explica, "terá uma representação meio-a-meio, entre o governo e a sociedade civil".

"Esse GT', acrescenta José Alberto Gonçalves, "é importante porque vai fazer uma proposta de política pública de fomento à democratização da informação e comunicação ambiental - não estamos propondo a estatização da informação ambiental, mas que o governo que administra fundos públicos venha, de alguma forma, dar respostas à sociedade, pois esses recursos são pagos pela população".  "A proposta", complementa, "é de que haja uma política que apóie a implementação de projetos de comunicação ambiental independentes, para que se consigam propagar espaços para discutir meio ambiente nas escolas, em relação à  inclusão digital na internet, na televisão e na própria mídia especializada, que está sofrendo pela falta de recursos."

Núcleo São Paulo

Ao final do debate, cerca de 20 profissionais presentes ao Encontro resolveram encaminhar a discussão para a criação de um Núcleo de Jornalistas Ambientais do Estado de São Paulo. Além da capital, havia a presença de representante de Santos, estudantes e professores.

Entre os encaminhamentos aprovados está o da criação de uma lista de discussão pela internet para aglutinar os interessados em participar e foi marcada uma reunião para o próximo dia 3 de abril, na sede da Ação Educativa (local a confirmar), a partr das 14 horas,  quando será debatida a criação efetiva do Núcleo. Informações sobre a articulação paulista podem ser solicitadas a Gonçalves, da RBJA, pelo e-mail albergon@plugnet.com.br.

 

 

Texto do Jornalista Juarez Tosi  - juarez@ecoagencia.com.br, direto de São Paulo, especial  para EcoAgência de Notícias Ambientais - www.ecoagencia.com.br


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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