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NACIONAL

Tecnologia da Osmose Inversa poderá garantir a qualidade da água no Brasil

Defesa foi feita pelo Coordenador do Programa Água Doce, do MMA, Renato Ferreira, em debate promovido pelo Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul

7 abril 2004 - Especial para a EcoAgência de Notícias

 

Porto Alegre, RS - O Coordenador do Programa Água Doce, da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Renato Ferreira, defendeu a adoção em todo o país do sistema de Osmose Inversa para a purificação da água. “Essa tecnologia ainda inédita no Brasil, mas que já vendo sendo aplicada em vários países do mundo, poderá garantir maior qualidade na água que usamos”, explica ele.

A defesa foi feita nesta quarta-feira (7/4) durante debate promovido pelo Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul sobre as Tendências dos Recursos Hídricos no Brasil, realizado na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS (FABICO) e que contou também com a participação do professor Carlos Tucci, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS. O evento teve com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Rio Grande do Sul.

O tratamento convencional da água já não é suficiente para tirar suas impurezas, como metais pesados, agrotóxicos ou mesmo as algas que atualmente estão infernizando a vida da população de Porto Alegre, entende Renato Ferreira. Já, o tratamento por Osmose Inversa, purifica a água sem a utilização de produtos químicos. “A água”, segundo ele, “passa por uma membrana semipermeável, retendo, assim, grande parte dos sais e outros poluentes, inclusive, bactérias e vírus, garantindo melhor qualidade ao produto consumido”.

Democratiza acesso à água

Renato Ferreira relatou as experiências realizadas nos últimos dez meses no Programa Água Doce, que está inserido dentro do Fome Zero, destinado a tratar o aproveitamento das águas salobas e salinas do território brasileiro, principalmente no semi-árido. A principal região abrangida pelo programa é o norte e parte do sudeste brasileiro, envolvendo 11 estados, numa área escassa em recursos hídricos e com grande parte de sua água subterrânea com elevado teor de sal.

De acordo com o Coordenador do Programa Água Doce, para abastecer a população de aproximadamente 18 milhões de pessoas, localizadas numa área de 882 mil quilômetros quadrados, já foram perfurados mais de 100 mil poços. O principal objetivo do programa, segundo ele, é aumentar a oferta e democratizar o acesso à água de qualidade (hoje um dos bens mais escassos do planeta) para o consumo humano, a partir do aproveitamento das águas salobas e salinas. O custo de todo o programa para o período de 2004 a 2007 deverá ficar na casa dos R$ 150 milhões de reais.

Debate Nacional

As experiências produzidas até agora defende Renato Ferreira, são positivas. O programa conta atualmente com dois centros de referência: o Laboratório de Referência em Dessalinização na Universidade Federal de Campina Grande (Paraíba) e a Unidade Demonstrativa do Programa Água Doce/Sede Zero, na Comunidade Atalho, em Petrolina, Pernambuco. Mas ele reconhece que cada região do país possui problemas específicos que devem ser tratados. Visando resolver essa questão, a Secretaria está elaborando o Plano Nacional dos Recursos Hídricos que irá promover uma grande debate nacional, nos vários Estados e regiões hidrográficas. “Já estamos implantando os Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos e, a partir deles, as bacias, que são um dos fatores mais democráticos para discutir as formas de utilização das nossas águas”, diz.

Ele lembra que o primeiro ano de governo da Gestão Lula foi muito difícil. “Foi um período em que tivemos que realizar a apropriação de conhecimentos. Só na Secretaria de Recursos Hídricos”, enfatiza, “havia dois mil processo com problemas de liberação e apresentando muitas irregularidades. Tivemos que deslocar quase um terço dos servidores para trabalhar na regularização desses processos junto ao Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal”. Agora, garante ele, a tendência é que os programas andem com mais celeridade.

Link Relacionado:

http://www.mma.gov.br/port/srh/index.cfm

Texto do Jornalista Juarez Tosi - juarez@ecoagencia.com.br , especial para a Ecoagência de Notícias.


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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