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REGIONAL

Ecojornalista defende a reeducação do olhar

Ex-diretor do DMAE afirma que plantação de arroz prejudica nível de água do Guaíba


Foto de João Brites, especial para a EcoAgência de Notícias

17 abril 2004

Porto Alegre, RS - A reeducação do olhar é fundamental para o jornalista na atualidade. Roberto Villar, moderador da Rede de Jornalismo Ambiental, afirma que o repórter precisa perceber nos fatos todas as variáveis possíveis, mostrando também as causas dos problemas ambientais antes mesmo deles acontecerem.

A busca de qualificação, de informação, sobre as questões ambientais são necessárias para jornalistas que atuam em todas as áreas, pois tudo acaba envolvendo o ambiente natural numa relação em cadeia. “É preciso que a imprensa abra espaço para o debate público, aponte e cobre soluções das autoridades públicas, para os problemas que afetam a qualidade de vida das comunidades. A nossa obrigação como jornalista é a de descrever a realidade na sua totalidade, não apenas em parte”. Villar participou do painel Água e Energia do XXXI Congresso Estadual de Jornalistas, na manhã do sábado, em Porto Alegre.

O vice-presidente da ASSEMAE Nacional e ex-diretor do Dmae, Carlos Todeschini, também cobrou da mídia um maior empenho na divulgação das questões ambientais. Ele destacou principalmente o problema atual decorrente da seca e do baixo nível do rio Guaíba, que está provocando um cheiro na água tratada de Porto Alegre. A água, segundo ele, é totalmente salubre pode ser consumida sem qualquer problema para a saúde pública. “Mas a grande imprensa não ajuda a orientar com informações completas a população, optando por induzi-la ao consumo de água mineral”. Todeschini salientou que a água mineral é um dos melhores negócios do mundo, que é vendida sem controle e, em muitos casos, sem condições de consumo.

E sugeriu pauta sobre a possibilidade do Lago Guaíba ter chegado a níveis tão baixos também por ação do homem ao permitir-se a plantação de arroz na sua bacia, prejudicando o abastecimento público.

Ecojornalismo

O coordenador do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, Juarez Tosi, informou que atualmente existem 350 ecojornalistas na Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental. Tosi apontou como avanços promovidos pelo Núcleo  a realização de cursos de extensão nas universidades, a própria Rede de Jornalismo Ambiental e a Ecoagência de Notícias, em associação com a Pangea - Associação Ambientalista. “Também estamos tentando, junto ao Governo Federal, que os financiamentos feitos para as grandes empresas de mídia, também sejam abertos às pequenas empresas”. Tosi concluiu dizendo que o objetivo do Núcleo é a formação de ecojornalistas, ou seja profissionais preocupados e capacitados em tratar as questões ambientais nos seus veículos.

Energia

O chefe da Divisão de Recursos Florestais e Ambientais da CEEE, Cláudio Cereser, ressaltou que 93% da energia brasileira está alicerçada nas hidrelétricas. Segundo ele, no Rio Grande do Sul, a CEEE tem 1.100 quilômetros de orla, em reservatório de água, o que representa um e meio litoral gaúcho. A empresa realiza monitoramento e trabalho preventivo no entorno dos reservatórios para evitar possível contaminação da água, produzindo, inclusive, peixes.

Todas as informações do Congresso no saite:

http://www.jornalistas-rs.org.br

 

Texto da Assessoria de Imprensa do XXXI Congresso Estadual de Jornalistas do RS, com edição da EcoAgência de Notícias


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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