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TRANSGÊNICOS

Greenpeace e consumidores devolvem produtos a supermercado em Porto Alegre

Objetivo da atividade é exigir que indústrias de alimentos e supermercados respeitem o direito das pessoas à informação com relação aos produtos transgênicos

 

8 maio 2004

Porto Alegre, RS - Ativistas do Greenpeace, junto a um grupo de consumidores, devolveram hoje a uma das lojas do Supermercado Zaffari produtos das empresas Bunge e Danone que podem ter sido fabricados com transgênicos. Os consumidores e o Greenpeace também entregaram uma carta ao supermercado, demandando que o estabelecimento entre em contato com seus fornecedores, questionando se eles estão ou não utilizando transgênicos em seus produtos. A atividade faz parte da expedição "Brasil Melhor sem Transgênicos", que o Greenpeace realiza no país a bordo do navio Arctic Sunrise.

"É importante que os supermercados demandem de seus fornecedores a informação quanto ao uso de transgênicos em seus produtos. Afinal, eles são os intermediários entre os consumidores, que não querem transgênicos, e os produtores de alimentos", disse Gabriela Couto, da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace. De acordo com a legislação brasileira, estabelecimentos que comercializam produtos sem a devida rotulagem estão irregulares e são passíveis de multa. As indústrias de alimentos Bunge e Danone ainda não se comprometeram a não utilizar transgênicos em seus produtos.

Apesar de a legislação de rotulagem estar em vigor desde março deste ano, ainda não é encontrado nenhum produto com o rótulo de transgênico nos supermercados brasileiros, o que comprova que as normas não estão sendo cumpridas. "Por esse motivo, a pressão do consumidor continua sendo fundamental, tanto exercendo seu poder de compra, quanto exigindo das empresas e dos supermercados que seu direito à informação seja respeitado", afirmou Gabriela.

De acordo com a legislação de rotulagem, todos os produtos que contenham mais de 1% de matéria-prima transgênica devem ser comercializados com um rótulo específico, que contenha o símbolo transgênico em destaque, junto com as seguintes frases: "(produto) transgênico", "contém (matéria-prima) transgênico", "fabricado a partir de (produto) transgênico" ou "produto de animal alimentado com transgênico".

"A Coolméia Cooperativa Ecológica apóia essa atividade, visto sua importância para a luta ambientalista em busca de uma agricultura sustentável para a produção de alimentos saudáveis. Essas bandeiras compõem a luta de 26 anos da Coolméia, orientada pelos preceitos do ecologismo e do naturismo, do cooperativismo e da autogestão", disse a coordenadora de educação e comunicação da cooperativa gaúcha, Marice Padilha. A entidade promove todos os sábados a Feira Ecológica Coolméia, onde são comercializados produtos orgânicos.

Para a atividade de hoje, os consumidores e ativistas utilizaram o Guia do Consumidor - lista de produtos com ou sem transgênicos do Greenpeace como base. A publicação, que já está em sua 4ª edição, traz duas colunas: na verde, estão listados os produtos das empresas que garantem que não utilizam transgênicos; na coluna vermelha, os produtos das indústrias que não dão essa garantia. O guia é atualmente a única ferramenta para o consumidor que deseja evitar o consumo de transgênicos.

Desde o lançamento da 4ª edição do guia, realizado em Porto Alegre (RS) no dia 13 de abril a bordo do Arctic Sunrise, algumas empresas já entraram em contato com o Greenpeace. A Imcopa e a Cocamar, que produzem óleo de soja, se comprometeram a não utilizar transgênicos e foram para a lista verde.

Está disponível no site do Greenpeace uma seção especial com propostas de atividades que os brasileiros podem realizar para contribuir com essa campanha e manifestar sua preocupação sobre os produtos transgênicos.

Saiba mais:

Assessoria Comunicação Greenpace.


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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