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NACIONAL
Livro lançado em Porto Alegre defende a retomada do entusiasmo
e da narrativa no jornalismo
8 junho 2004 - Especial para Ecoagência de Notícias
Porto Alegre, RS - Ao lançar nacionalmente na noite dessa segunda-feira (7) em Porto Alegre o livro
Formação & Informação Ambiental (Editora Summus), o escritor e jornalista Sérgio Vilas Boas defendeu a necessidade “de se resgatar o entusiasmo e a intensidade dramática no jornalismo”. Parte integrante da
20ª Semana do Meio Ambiente de Porto Alegre, promovida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o lançamento do livro teve apoio do
Núcleo dos Ecojornalistas do Rio Grande do Sul - NEJ-RS e ocorreu no Solar Paraíso (Travessa Paraíso, 71, no Morro Santa Tereza - Menino Deus).
O ato contou também com a presença do secretário municipal do meio ambiente, Dieter Wartchow, e do secretário geral no NEJ/RS e um dos autores do livro, Roberto Villar Belmonte.
No entender de Sérgio Vilas Boas se o jornalismo fosse apenas sinônimo de fazer matéria, não seria necessária a existência de cursos universitários.
“A realidade”, justifica, “é que jornalismo é muito mais do que isso, é a investigação, a dramaticidade. A arte de narrar precisa ser recuperada. Caso contrário, a interpretação da notícia se restringirá aos editoriais e artigos”. O tema ambiental, entende o escritor, não pode ser abordado apenas episodicamente, tem que ser parte da vivência do profissional. Ele defende, ainda, que o jornalista não pode continuar mantendo
“o mito da neutralidade”. Principalmente quando se trata da área ambiental.
Sérgio Vilas Boas argumenta que “em se tratando de meio ambiente não se pode ser apenas episódico. O meio ambiente requer uma cobertura educacional. É necessário compreender e respeitar o saber local e as diferenças. O jornalista ambiental precisa ir a campo para ver e ouvir. Hoje, ninguém escuta mais ninguém. Precisamos da experiência de nos misturarmos no mundo”.
O secretário geral do NEJ/RS, Roberto Villar Belmonte, também foi enfático nas críticas à forma atual de se fazer jornalismo. Ele lembrou que um dos referências da cobertura jornalística
no Brasil foi a Revista Realidade, que, em 1972, traçou um perfil amplo e abrangente das principais cidades brasileiras.
“A apuração jornalística durou seis meses”, explicou, “tempo que seria considerado absurdo nos dias de hoje”. No seu entender, o jornalista ambiental não deve agir apenas com a razão, mas também com emoção, pois essa é a única forma de se retomar o verdadeiro jornalismo.
O livro Formação & Informação Ambiental, que já está à venda nas livrarias de Porto Alegre, é o primeiro de uma série de obras que pretende abordar formas de se fazer jornalismo. Ele está dividido em seis partes, abrangendo energia, água, alimentos, ecossitemas, economia sustentável e cidades. Além de Sérgio Vilas Boas e Roberto Villar Belmonte, participam da obra os jornalistas André Azevedo da Fonseca, Carlos Tautz, Eduardo Geraque, Regina Schar e o engenheiro agrônomo Odo Primavesi. O livro pode ser adquirido diretamente na editoria, através do site http://www.gruposummus.com.br.
Texto do
Jornalista Juarez Tosi, para a Ecoagência Solidária de Notícias Ambientais - mailto:
juarez@ecoagencia.com.br .
Última atualização:
06 setembro, 2011 - ©
EcoAgência de Notícias
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