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BIODIVERSIDADE - CONFERÊNCIA DO LBA

Pesquisa estuda o ciclo do carbono na Amazônia

28 julho 2004

Brasília, DF - As complexidades do ciclo do carbono na Amazônia e como as espécies existentes na floresta interagem entre si e com o meio ambiente foram os temas abordados hoje (28) pelo pesquisador do INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Antonio Nobre, no segundo dia da 3ª Conferência Científica do LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia, que acontece até amanhã (29) em Brasília.

O objetivo dos estudos nessa área é entender o riquíssimo conjunto que compõe o ecossistema amazônico e as alterações que ocorrem nas trocas de gases, água e energia, ligadas ao ciclo do carbono.

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) é o responsável pelo gerenciamento do projeto LBA, enquanto o INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, responde pela coordenação científica, o que inclui coordenar o trabalho de 288 instituições parceiras.

Floresta alterna papel de emissor e de receptor de carbono

A floresta amazônica alterna os papéis de emissor e de receptor de carbono, dependendo da área analisada, do período ou das características da vegetação regional. A afirmação é dos pesquisadores Steven C. Wofsy, da Universidade de Harvard, e Humberto da Rocha, da Universidade de São Paulo. Eles participaram hoje (28) da Conferência Científica do LBA.

Os estudos apresentaram resultados da comparação dos dados da Floresta Primária do Tapajós para carbono, forçantes climáticas e demografia florestal através da Amazônia.

Segundo Rocha, a dinâmica de sucessão da floresta, aliada a eventos climáticos extremos, como chuvas fortes ou desastres naturais, alteram muito rapidamente o comportamento do ecossistema. Ou seja, uma determinada área pode se comportar como emissor ou receptor de carbono.

Texto da Imprensa do INPE