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RISCO NO MAR

Navio derrama óleo combustível na Baía de Paranaguá

5 agosto 2004

Curitiba, PR – Técnicos do Ibama, da Marinha e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) estão avaliando o impacto causado pelo vazamento de óleo combustível ocorrido, na madrugada dessa quarta-feira (4), na Baía de Paranaguá, litoral paranaense.

O vazamento ocorreu quando o navio mercante Sardegna, do Panamá, fazia abastecimento em alto mar. Houve o transbordamento do tanque pelo suspiro de popa e o óleo acabou atingindo o mar. O abastecimento estava sendo feito pela empresa LM Serviços Técnicos Operadora da Barcaça. O combustível foi vendido pela Petrobras.

O chefe do escritório regional do Ibama em Paranaguá, Lício Domit, esteve no local e fez um relatório simplificado de acidente ambiental. Ele apontou, como possíveis causas do vazamento, o descaso da tripulação do navio em informar o volume de óleo a receber e a provável falta de monitoramento do trabalho tanto pelo navio como pelos fiscais da Petrobras que estavam a bordo.

Embora a LM tenha informado que pode ter havido o transbordo de 150 litros, o relatório sugere que seja muito mais, pois o óleo era bombeado a cerca de 190 toneladas por hora, equivalente a três toneladas por minuto.

Apesar de a Petrobras ter preparado barreiras absorventes, de contenção, com barcos de apoio, alguns ecossistemas tinham sido atingidos até o início da tarde de ontem, como os costões rochosos da Ilha das Cobras, as praias da Ilha das Peças (Parque Nacional) e a ponta oeste da Ilha do Mel.

Numa inspeção conjunta, o Ibama e o IAP estão fazendo a vistoria da área atingida para a elaboração do laudo e a aplicação da multa. Domit, que é biólogo, sugere que haja a suspensão dos abastecimentos noturnos de navios no local devido ao surgimento de outros acidentes na Baía de Paranaguá.

Ascom/IBAMA