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BRASIL

O Saneamento Básico ainda é ruim no país

19 setembro 2004

Brasília, DF - Para atingir as metas do milênio até 2015, o Brasil precisa melhorar os indicadores de saúde e de saneamento básico. A afirmação é da assistente de coordenação do grupo técnico da ONU para os objetivos do milênio – ligado ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) - , Karla Parra Corrêa. As metas do milênio são um conjunto de compromissos para o desenvolvimento firmados na Cúpula do Milênio, em 2000.

“Nesses pontos, o Brasil ainda precisa avançar muito. A realidade brasileira não é nada simples. A agenda dos objetivos é ampla, mas, ainda assim, não contempla todos os problemas do país”, reconhece a assistente do PNUD.

De acordo com ela, o saneamento básico continua sendo um indicador ruim do país. A avaliação é semelhante à feita em entrevistas recentes pelo representante do Pnud no Brasil, Carlos Lopes (em férias). Para ele, o saneamento básico é o indicador em que o país está mais “atrasado”.

Os oito objetivos de desenvolvimento do milênio são subdivididos em 18 metas e 48 indicadores. Duas metas dizem respeito diretamente a saneamento e habitação. A meta de número 10 prevê reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso permanente e sustentável à água potável e a melhores serviços de saneamento. No caso brasileiro, isso significa diminuir de 13% para 6,5% a porcentagem dos habitantes que não recebem água limpa; e de 24% para 12% a proporção da população sem acesso à rede de esgoto.

Na próxima terça-feira (21) começa em Nova York, a 59ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante o encontro, os países apresentarão relatórios sobre os indicadores e as medidas tomadas para cumprir os objetivos de desenvolvimento do milênio. Os oito objetivos tratam da promoção da igualdade entre sexos, redução da mortalidade infantil, melhoria dos indicadores de saúde materna, combate a epidemias e garantia de sustentabilidade ambiental.

Juliana Cezar Nunes - Repórter da Agência Brasil