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BIODIVERSIDADE

Japão é o grande perdedor da 13ª Conferência da CITES

"É uma alegria ver o Japão derrotado de forma tão avassaladora", diz Palazzo Jr.

14 outubro 2004


Sessão de 11/10 - Foto Cortesia CITES

Bangkok, Tailândia  - A 13ª. Conferência das Partes Contratantes da Convenção CITES, que regulamenta o comércio internacional de fauna e flora silvestres ameaçados de extinção e tem 166 países como signatários, terminou hoje reafirmando a proibição do comércio internacional de produtos de baleia, em apoio à moratória mundial da caça dos grandes cetáceos, e criando restrições para o comércio de tubarões brancos e uma espécie de peixe de recifes de coral do Indopacífico. O Japão é o grande perdedor nas deliberações da reunião, tendo amargado suas piores derrotas nos foros internacionais onde vem tentando, sem sucesso, reabrir a caça à baleia e impedir a adoção de medidas de conservação de espécies marinhas para proteger suas indústrias de pesca.

Segundo o Coordenador do Projeto Baleia Franca e integrante da delegação brasileira em Bangkok, José Truda Palazzo Jr., "é uma alegria ver o Japão derrotado de maneira tão avassaladora, ainda mais depois de todo o escândalo da ' compra de votos' dos países pobres para integrar o bloco anti-conservação japonês. É muito bom saber que a maioria dos países, mesmo alguns muito pobres, mantém sua integridade e um compromisso com a conservação marinha". A próxima reunião da Convenção CITES ocorrerá na Holanda, em 2007.


Delegado do Japão amarga derrota  - Foto Cortesia CITES

A Conferência da CITES, que se reuniu em Bangkok desde o dia 2 de outubro, rejeitou a proposta japonesa de legalizar o comércio internacional de produtos de baleias minke do Hemisfério norte, o que permitiria ao Japão e a Noruega - dois países que desrespeitam a moratória mundial à caça de baleias, mas por causa da CITES não podem comerciar a carne fora de seus mercados domésticos - vender carne e gordura de baleia nos mercados internacionais. O Brasil e a Holanda, representando a União Européia, fizeram contundentes discursos contra a pretensão japonesa. As delegações presentes em Bangkok também rejeitaram uma moção do Japão para pressionar a Comissão Internacional da Baleia a reabrir a caça legal desses animais.

A CITES também aprovou a restrição ao comércio de produtos do tubarão branco, um dos maiores predadores oceânicos e que se encontra mundialmente ameaçado pela sobrepesca, e do peixe-Napoleão, uma espécie que vive junto aos recifes de coral dos Oceanos Pacífico e Índico e cujo tráfico em espécimes vivos e mortos para serem vendidos a restaurantes asiáticos vinha causando o seu desaparecimento em grandes áreas de sua distribuição original.

Mais informações:

Texto do Serviço de Divulgação do Projeto Baleia Franca com edição da EcoAgência de Notícias


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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