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DESMATAMENTO

Prefeitos assumem compromisso em proteger Amazônia

7 novembro 2004

Rio de Janeiro, RJ - Prefeitos de diversas cidades do país como Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e de municípios paulistas como Salto, Iperó, Ubatuba e São José do Rio Preto responderam positivamente ao questionamento feito pelo Greenpeace sobre a adesão ao programa Cidade Amiga da Amazônia. O objetivo do programa é criar leis municipais que proíbam a compra de madeira amazônica de origem criminosa, pois estima-se que 80% da madeira ilegal da região é consumida pelas regiões Sudeste e Sul do Brasil.

"Na prática, isto quer dizer que devemos ter mais sete municípios envolvidos no programa Cidade Amiga da Amazônia. Consideramos este resultado positivo", afirma Gustavo Vieira, coordenador do programa. "No início de 2005, vamos trabalhar junto aos prefeitos eleitos para implementar o programa nestas cidades".

Durante a campanha eleitoral, o Greenpeace enviou uma carta-padrão para candidatos em 26 municípios questionando sobre a proteção à Amazônia, não garantida pela lei de licitações.

O programa Cidade Amiga da Amazônia já está em andamento em Piracicaba, Sorocaba, São José dos Campos, Botucatu, Campinas e São Carlos, no Estado de São Paulo. Ao assinar um termo de compromisso público, estas cidades estão incluindo critérios nas licitações públicas que envolvam madeira amazônica. Entre eles, estão a proibição do consumo de mogno (uma espécie ameaçada de extinção), a exigência de provas da origem legal e sustentável da madeira, o incentivo ao uso de madeira certificada pelo FSC e a redução do desperdício de madeira nas construções civis.

A indústria madeireira é uma das principais forças de destruição da Amazônia, maior floresta tropical do planeta. Entre 2001 e 2003, mais de 5 milhões de hectares foram perdidos, o equivalente a nove campos de futebol desmatados por minuto. Cerca de 85% da madeira produzida na região amazônica é consumida no Brasil - a maior parte da matéria-prima é oriunda de desmatamentos irregulares ou da extração ilegal. O Estado de São Paulo consome 20% deste total.

Texto do Greenpeace Brasil.


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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