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POLÍTICA AMBIENTAL

GT de Comunicação Ambiental completa um ano sem resultados

Adalberto Marcondes entende que as mídias foram prejudicadas

9 novembro 2004 - Especial para a EcoAgência de Notícias

Porto Alegre, RS - Ao completar um ano, o Grupo de Trabalho de Comunicação Ambiental criado pelo Ministério do Meio Ambiente por demanda de mídias e entidades ambientais não passou de um documento de princípios construídos coletivamente e engavetado. Para Adalberto Marcondes, presente no Encontro Regional de Jornalistas e Comunicadores Ambientais, é preciso que as mídias ambientais levem ao MMA uma nova proposta, mais pontual e sistemática, para garantir a sobrevivência econômica dos veículos.

Marcondes é coordenador das Ecomídias - Associação Brasileira de Mídias Ambientais, e participou da formação do GT desde a sua discussão inicial durante o Fórum Social Mundial de 2003. Na sua avaliação, uma das fragilidades do grupo é ter abarcado, além das mídias, diversas entidades ambientalistas. Para o jornalista, os dois grupos tinham interesses distintos e o documento originado da discussão pecou por ser amplo demais. Antes de discutir uma política de comunicação ambiental, Marcondes acredita que as mídias deveriam ter garantido um aporte mínimo de recursos para garantir sua sustentação financeira.

Com a garantia da sustentação financeira destas mídias já se é um garantia de difusão de informações ambientais de qualidade para diversos extratos sociais, segundo Marcondes. Ele acredita que, se as mídias se organizarem em torno de proposições claras e apresentarem suas reivindicações ao ministério de maneira mais focada na destinação de recursos, será mais fácil garantir algum avanço para, então, desengavetar a discussão sobre uma política de comunicação.

O assunto será tema de uma oficina durante o IV Fórum Social Mundial de 2005, novamente em Porto Alegre.

Da Redação da EcoAgência de Notícias Ambientais.