Notas da Agapan
Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural

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Loteamento Ipanema, 13 de abril de 2000, por Guilherme Dornelles  vice-presidente

Correio: agapan@ax.apc.org

Hoje à noite rodada do Orçamento Participativo da Região Sul de Porto Alegre. Continuando nossa serie de denúncias - temática de desenvolvimento urbano e meio ambiente do OP; temática preparatória do III Congresso da Cidade também no grupo de desenvolvimento urbano e meio ambiente, quanto a prática nefasta e dispendiosa e desnecessária do Departamento de Esgotos Pluviais DEP de querer canalizar TODOS os arroios de Porto Alegre, estaremos presentes para protestar contra a tentativa de canalização do Arroio Espírito Santo, que viabilizará o loteamento de 13 hectares de Mata Atlântica proposto pela MAIOJAMA ( grupo RBS) com 16 torres de 10 andares e um shopping à beira do Guaíba. No local é possível observar o arroio com vegetação natural em suas margens. A área está coberta por exuberante mata nativa. O meio físico apresenta-se extremamente vulnerárvel às agressões ambientais, por tratar-se de uma encosta de morro. A vegetação ali existente serve de proteção natural para os deslizamentos de encosta e combate os efeitos adversos das enchentes e estiagens e da erosão do solo. No relatório apresentado pela MAIOJAMA é possível detectar vários fatores de risco iminentes ao meio físico que merecem denúncia aos órgãos públicos responsáveis. A execução das obras viárias e urbanas somente será possível (conforme o RIA) através de drenagens, aterro de banhados e canalização do arroio. No tal RIA o dimensionamento dos bueiros e canais pluviais é empírico, uma vez que não são apresentados dados que demonstrem sua eficiência. A canalização do arroio Espírito Santo, aterro de banhados e desmatamento promoverá inundações nas áreas circunvizinhas ao loteamento, bem como tornará desprotegida a encosta do morro Espírito Santo. A partir do próprio RIA (Relatório de Impacto ao Ambiente) surgem advertências aos problemas relacionados com o meio físico decorrentes de uma inadequada ocupação urbana, exaltando a fragilidade do ambiente encontrado. Esperamos com isso sensibilizar os Delegados do OP, que ainda desconhecem o projeto em tela aprovado pelo Conselho do Plano Diretor em 1996.


Última atualização: 06 setembro, 2011

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