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Lula diz que é possível desenvolvimento sem destruição da natureza

 

18:00 Brasília, 5/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, durante a solenidade em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, que a defesa da natureza no Brasil depende de uma transformação da consciência de parte da sociedade. “Ainda existe, por parte de muita gente, uns por inocência, outros por má-fé, a idéia de que quem defende o meio ambiente é contra o desenvolvimento. Como se o desenvolvimento fosse a destruição do que nós herdamos da natureza. É plenamente possível estabelecer uma boa política de desenvolvimento sem destruir a natureza, sobretudo utilizando a riqueza que dela podemos extrair”, afirmou o presidente.

A cerimônia contou com a participação de ambientalistas e de representantes de várias organizações não governamentais. Durante a apresentação do grupo musical Tambores da Paz, Lula, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o teólogo Leonardo Boff foram convidados a participar do espetáculo tocando instrumentos de percussão.

Durante a cerimônia, Lula e Marina Silva lançaram a I Conferência Nacional do Meio Ambiente e a I Conferência Nacional Infanto-Juvenil, que serão realizadas em novembro deste ano, e têm o objetivo de ampliar o debate e a participação social na formulação de políticas públicas para o meio ambiente.

“Acho que um passo fundamental na defesa do meio ambiente é a Conferência Infanto-Juvenil. Eu digo sempre que, se nós quisermos fazer um modelo de revolução nesse país sem precisar da um único tiro ou ferir qualquer pessoa, a gente faz essa revolução a partir da família e a partir do banco da escola”, disse Lula. O presidente manifestou-se confiante de que, a partir dessas conferências, se possa criar novo padrão de preservação ambiental no nosso país.

De acordo com o presidente, a partir da morte de Chico Mendes, em 1988, o Brasil e o mundo começaram a perceber que o destino da natureza e o destino da sociedade humana, em especial nos países mais pobres, estão “visceralmente” ligados. “A nossa natureza é rica e bela, mas não é ela que vai salvar o Brasil. O Brasil é que precisa cuidar bem da nossa terra e da nossa gente, ao mesmo tempo e com igual carinho. Equilíbrio ambiental e miséria são incompatíveis. A nossa fronteira com o sonho brasileiro passa pela reconciliação da natureza com o homem e do homem com a solidariedade”, disse o presidente.

Segundo Lula, a ausência de planejamento e a troca da solidariedade pela competição desenfreada têm contabilizado mais desastres ambientais do que sucessos. “O futuro não será sustentável, se o progresso continuar sendo sinônimo de destruição de um lado e de concentração de riquezas do outro lado. Assim como a luta contra a fome requer a parceria da sociedade civil e a ação integrada de todos os ministérios, mudar o Brasil exige também um mutirão verde, um mutirão de consciência e de compromissos”, declarou.

(Paula Medeiros - Radiobras )


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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