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Vigilância ambiental cuidará da qualidade do ar no País

EXCLUSIVO - EcoAgência de Notícias
24-jul-03

A Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde, ligada ao Ministério da Saúde, está implementando um programa que visa envolver toda sociedade brasileira para melhorar a qualidade do ar.

A iniciativa vai começar nos grandes centros, onde há problemas mais sérios de qualidade do ar. Conforme o coordenador geral de Vigilância Ambiental em Saúde, Cícero Dedice de Góes Jr, a idéia é mobilizar as autoridades locais, municipais e estaduais para os problemas de saúde pública provocados pela má qualidade do ar. Ele é um dos participantes do III Congresso Interamericano de Qualidade do Ar, que começou ontem (23/07) e acaba amanhã (25/07) na Ulbra, em Canoas.

Góes explica que o novo programa, com apenas dois anos, “ é uma conseqüência da Agenda 21”, é coordenado pelo Ministério da Saúde, mas com a participação de um grupo interdisciplinar de profissionais de diversas outras pastas, como Ministério do Meio Ambiente, órgãos estaduais, municipais e universidades. O Governo Federal assessora e até financia, mas os estados e municípios são que executam. Um comitê técnico assessor foi formado para auxiliar as atividades.

Ele conta que entre as formas de estruturar o programa, está a sensibilização dos gestores locais, como prefeitos, secretários e lideranças comunitárias, para que ajudem na mobilização da população.

Outro aspecto importante é a organização dos dados relacionando saúde e meio ambiente. Hoje não existe um controle, nem nos Centros de Informações Toxicológicas, que conecte poluição atmosférica com doenças respiratórias e ainda dê informações para o público de como proceder diante de uma intoxicação. Góes esclarece que os hospitais e centros de saúde terão que fazer um levantamento, através de uma ficha, apontando os casos de mortalidade e morbidade. “A melhor forma de combate é a prevenção”, adverte.

O programa-piloto começará em áreas onde potencialmente há problemas devido a maior concentração de poluentes. São elas: Araucária, no Paraná, Grande São Paulo, Volta Redonda, no Rio de Janeiro, Vitória, no Espírito Santo e Camaçari, na Bahia. No Rio Grande do Sul ainda não está definido se o programa vai atingir Candiota ou Porto Alegre.

O consultor da Organização Panamericana de Saúde, o médico epidemiologista José Escamilla, acredita que o modelo proposto para combater a complexidade do problema é muito original. “Não conheço outro igual”, acrescenta, dizendo que no Chile e no México, países que sofrem muito com a poluição atmosférica, não tem um sistema descentralizado como este do Brasil. “Nosso modelo segue a lógica do Sistema Único de Saúde”, aponta Góes.

 

Jornalista Silvia Marcuzzo - silvia@ecoagencia.com.br para a EcoAgência de Notícias


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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