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Diálogos poderão influenciar conjunto do governo, é a esperança da Ministra Marina

Assessoria de Imprensa do Ministério do Meio Ambiente - MMA
15-ago-03

Brasília, DF – Todas as idéias e propostas resultantes do seminário Diálogos para um Brasil Sustentável servirão como subsídios à 1ª Conferência Nacional do Meio Ambiente e ainda poderão influenciar o conjunto do governo na elaboração de políticas públicas que levem à sustentabilidade ambiental, econômica, social e cultural. A informação é da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na sessão de encerramento dos Diálogos, nesta sexta-feira, em Brasília.

O seminário Diálogos para um Brasil Sustentável se realizou na Academia de Tênis de Brasília e contou com a presença de pensadores e ecologistas nacionais e estrangeiros. Durante a semana, mais de cem especialistas debateram propostas para temas como agroecologia, educação para a sustentabilidade, ecodesign e energias limpas e renováveis.

Para a ministra, o desenvolvimento sustentável já acontece em muitos locais em todo o mundo, citando como exemplo brasileiro o Estado do Acre. Segundo Marina Silva, o Ministério do Meio Ambiente vem trabalhando na inserção da variável ambiental nos programas e projetos de outras pastas. “O objetivo é fazer com que as questões ambientais sejam observadas já na fase do planejamento, e os Diálogos contribuirão com essa iniciativa”, disse. O MMA vem realizando uma série de agendas bilaterais com outros Ministérios. “É preciso que se mude o padrão de investimentos em infra-estrutura na Amazônia, por exemplo, casando novas tecnologias com conhecimentos tradicionais e respeito à biodiversidade local”, explicou.

Em seu discurso, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, criticou a compartimentação como vinham sendo encaminhadas as políticas públicas brasileiras até o momento. “Era costume termos reuniões centradas em pontos específicos, sem observar o conjunto, as estruturas”, disse. Para ele, o meio ambiente deverá ser uma das premissas básicas para a tomada de decisões em um país como o Brasil, com riquezas naturais e desigualdades sociais. “A miséria é antiecológica, causa degradação ambiental. Precisamos ampliar os debates e falar também com aqueles que sentem os efeitos do desequilibro econômico”, afirmou.

Segundo Klaus Töpfer, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que também participou dos Diálogos, nesta sexta-feira, as lideranças globais demoraram 30 anos para começar o debate sobre o desenvolvimento sustentável. O Pnuma foi criado em 1972, após o primeiro encontro global promovido pelas Nações Unidas sobre meio ambiente, em Estocolmo, na Suécia. Para ele, se a humanidade quiser recuperar sua parceria com a natureza, deverá investir em uma nova abordagem por meio de políticas públicas voltadas à superação da pobreza, à mudança nos padrões de produção e consumo, a um real desenvolvimento sustentável. “As lideranças globais devem oferecer tratados que garantam a cooperação entre ricos e pobres, e que realmente haja benefícios para estes últimos”, salientou.

Conforme o secretário de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Gilney Viana, responsável pela organização dos Diálogos, o Brasil é herdeiro de um modelo ambiental, econômico e ético insustentável. “Os Diálogos são um dos instrumentos para essa travessia em direção a um novo país”, disse. Para o governador do Acre, Jorge Viana, o evento é a expressão de Brasil novo, demonstrando que as pessoas querem se unir e debater para mudar a realidade. “O Homem começa descobrir os limites de sua existência”, completou.


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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