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Fórum Internacional das Águas

Langone pede obediência à MP dos transgênicos

Porto Alegre, RS - O Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, pediu que os produtores rurais cumpram a medida provisória do governo federal sobre transgênicos e condena aqueles que dizem que vão cumprir apenas o que lhes interessa. Segundo Langone, essa conduta é um desrespeito ao estado democrático. Fugindo um pouco do tema, a afirmação foi feita durante o painel Água e Desenvolvimento nessa quinta-feira, segundo dia do Fórum Internacional das Águas, no Centro de Eventos da FIERGS.

Langone deixou claro que a MP veta o plantio em áreas da biodiversidade e de preservação ambiental salientando que os produtores precisam reconhecer o esforço do governo de regularizar o setor.

Com o teatro da FIERGS lotado, o ministro alerta para a importância do desenvolvimento sustentável combinando necessidade de crescimento com respeito ao meio ambiente. Ele citou equívocos que prejudicam outros setores da economia como o ecoturismo e o turismo rural fazendo uma referência ao incentivo de produção de suínos que gerou regiões com excesso de excrementos que são dez vezes mais poluentes que os dejetos humanos. Já o presidente da Agência Nacional das Águas, Jerson Kelman, salientou a importância da prevenção para evitar a escassez como ocorre na grande São Paulo.

Ele evidenciou que medidas preventivas de uso racional da água em regiões do Rio de Janeiro determinaram que hoje mais de nove milhões de pessoas não estejam vivendo o drama do racionamento como ocorrendo em diversas cidades paulistas. O secretário de meio ambiente da Argentina, Ariel Carbajal, ratificou a importância do uso eficiente.

Ainda participou do painel o diretor geral do gabinete de Relações Internacionais do Ministério das Cidades, Planejamento do Território e Ambiente, Antônio Gonçalves Henriques, que destacou a importância de legislação interestadual de recursos hídricos afirmando que existem 263 bacias hidrográficas internacionais. Ele ressalta a importância do uso equilibrado como princípio para evitar danos ao meio ambiente e à sociedade. Diz ainda que é preciso haver o equilíbrio entre a integridade territorial e fluvial absoluta. Ele lembrou a importância de troca de informações entre países para medir riscos ambientais.

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 Assessoria de Imprensa do Fórum Internacional das Águas com edição da EcoAgência de Notícias